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segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Hoje...

Hoje estou perdido
Como quem não sabe
O rumo que a vida tomou.
Como quem se distraiu
E não viu o trem passar pela estação.
Como quem dormiu demais

E perdeu a hora
(Mas eu não dormi demais...
Eu dormi de menos!).

Porque estou confuso:
Milhões de vezes num segundo eu me perco
No mesmo filme...
Hoje estou como quem ouve milhões de frases opostas

E nada entende completamente.
Tudo penso, muito penso...
Nada concluo.

Hoje estou calado
Como quem espera a resposta
Do mais valioso segredo.
Porque não achei mais resposta nem razão alguma
Desde que ouvi aquela música.

Estou rendido:
Porque as palavras já quase me faltam
E longe estão de me bastar!

Estou agora como quem lutou e cansou...
(Ou seria como quem em calma
Espera a hora chegar?)

Hoje estou só.

Agora estou só...
Porque agora preciso dos meus conselhos,
Da minha própria companhia
Para me entender no silêncio
Da momentânea solidão.

Estou só, mas é só por alguns instantes...
É que amanheceu e o sol se atrasou,
Porque só estou a esperar o fim do silêncio
E o nascer do sol
Para por fim e começo a tudo.


E nada é tão fácil quando é tão bom!


Sim...
Hoje estou perdido, confuso, calado, rendido, e só.
Porque a dor precede o prazer.












Alfredo Goes
24 de setembro de 2007
22h27