Do outro lado da rua
eles não vão ouvir o nosso refrão.
No nosso carnaval particular,
a gente é quem sabe a direção
que as serpentinas vão voar.
Dias sim
sábado, 27 de novembro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Todo poema é uma bandeira
Dedico este poema
a todos os versos que perdi
enquanto caminhava
pelas ruas,
entre paisagens e pessoas,
e não pude guardar.
A todos os acordes
que perdi enquanto escutava
as conversas do mundo,
de graça e sem querer,
e não pude gravar.
A todos os amores perdidos
e desamores, por que não?
Que não pretendo mais achar.
Todo poema é uma bandeira.
a todos os versos que perdi
enquanto caminhava
pelas ruas,
entre paisagens e pessoas,
e não pude guardar.
A todos os acordes
que perdi enquanto escutava
as conversas do mundo,
de graça e sem querer,
e não pude gravar.
A todos os amores perdidos
e desamores, por que não?
Que não pretendo mais achar.
Todo poema é uma bandeira.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Devo dizer, sem nenhum senão!
Esse poema é um improviso: aviso!
Devo dizer, sem nenhum senão;
Trago aqui a preguiça da idéia de perfeição,
E sacio minha aversão por tudo
Que me toma mais tempo que cantar meu verso.
Hoje (talvez só hoje) não finjo nada!,
Tampouco exagero. E não minto...
Sinto com o coração!
De que me vale explorar a imaginação
Quando transbordo e explodo
A cada metro de pensamento?
Eu, que outrora tão frio,
Tenho em mim agora mais calor
Que toda a Ilha.
É que no fim das contas,
Não sei se perdi ou se ganhei;
Se morri e nasci,
Ou se simplesmente continuei.
E no fim das contas nada disso conta;
No fim das contas nada disso é conta.
Então me deixe cá, no meu poema,
Correr pra qualquer canto da minha bagunça.
Não reclame das minhas entrelinhas
Nos meus versos sem direção alguma.
Eu, que outrora tão frio,
Tenho em mim agora mais calor
Que toda a Ilha.
Devo dizer, sem nenhum senão;
Longe de toda pretensão:
Meu mundo começa em mim,
E hoje (talvez só hoje),
É tudo de mim pra mim
Sem qualquer cerimônia.
Alfredo Goes
10.06.09
"Não,
meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo,
por isso me grito
(...)"
Carlos Drummond de Andrade
Devo dizer, sem nenhum senão;
Trago aqui a preguiça da idéia de perfeição,
E sacio minha aversão por tudo
Que me toma mais tempo que cantar meu verso.
Hoje (talvez só hoje) não finjo nada!,
Tampouco exagero. E não minto...
Sinto com o coração!
De que me vale explorar a imaginação
Quando transbordo e explodo
A cada metro de pensamento?
Eu, que outrora tão frio,
Tenho em mim agora mais calor
Que toda a Ilha.
É que no fim das contas,
Não sei se perdi ou se ganhei;
Se morri e nasci,
Ou se simplesmente continuei.
E no fim das contas nada disso conta;
No fim das contas nada disso é conta.
Então me deixe cá, no meu poema,
Correr pra qualquer canto da minha bagunça.
Não reclame das minhas entrelinhas
Nos meus versos sem direção alguma.
Eu, que outrora tão frio,
Tenho em mim agora mais calor
Que toda a Ilha.
Devo dizer, sem nenhum senão;
Longe de toda pretensão:
Meu mundo começa em mim,
E hoje (talvez só hoje),
É tudo de mim pra mim
Sem qualquer cerimônia.
Alfredo Goes
10.06.09
"Não,
meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo,
por isso me grito
(...)"
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Já me cansei de toda crise existencial,
Quero agora um silêncio
pra ensurdecer a minha dor...
Fecho meus olhos pro discurso habitual,
Eu discordo
Dessa crença sem calor:
Violentamente louco,
Não acalmo o meu coração.
Meu amor!,
Me escute antes de falar,
Eu te quero sem nenhum pudor,
Eu prometo.
Alfredo Goes
20.04.09
Quero agora um silêncio
pra ensurdecer a minha dor...
Fecho meus olhos pro discurso habitual,
Eu discordo
Dessa crença sem calor:
Violentamente louco,
Não acalmo o meu coração.
Meu amor!,
Me escute antes de falar,
Eu te quero sem nenhum pudor,
Eu prometo.
Alfredo Goes
20.04.09
terça-feira, 31 de março de 2009
sexta-feira, 20 de março de 2009
Quem sou?
Já quis saber.
Afinal, quase tudo e pouco quis.
Quase tudo quero.
Hoje des-espero,
Brinco e exagero.
Misturo vontades
Sem mentiras nem verdades:
A solidão no carnaval,
O carnaval na solidão
De um só riso.
Sentindo tudo,
Sentidos todos!,
Receios nada.
Um pensar sem norte.
Que sorte!
Um quiçá
Que não sabe esperar.
Indecisão, imprecisão
Entre carne, alma e coração
Num só ser.
Alfredo Goes
Afinal, quase tudo e pouco quis.
Quase tudo quero.
Hoje des-espero,
Brinco e exagero.
Misturo vontades
Sem mentiras nem verdades:
A solidão no carnaval,
O carnaval na solidão
De um só riso.
Sentindo tudo,
Sentidos todos!,
Receios nada.
Um pensar sem norte.
Que sorte!
Um quiçá
Que não sabe esperar.
Indecisão, imprecisão
Entre carne, alma e coração
Num só ser.
Alfredo Goes
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