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sábado, 24 de janeiro de 2009

Interseção

O guardanapo que você assinou seu rosto
Molhou com o suor do meu bolso.

Eu não tenho sorte,
Eu não tenho troco
Pra vender.


Ah, se eu pudesse refazer meu gosto,
Jogar toda besteira pro fundo do poço...

Eu não quero pouco,
Eu só tenho um corpo
Pra viver.

Ah, se eu pudesse escarrar meu vício,
Largar de mão todo esse ofício...

Eu não faço jogos,
Eu não tenho blefe
Pra você.





Navego num mar
De horizonte fixo,
Inalcançável.
E não há mal
Pra me fazer naufragar agora.




Alfredo Goes, 15h15, 24.01.09