Powered By Blogger

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

(Ex)Soneto de constatação

No meu corpo há um cálice (in)visível
Que transborda incessante
E incontrolavelmente a todo instante:
Inexplicavelmente insaturável!

Fácil é me embriagar em silêncio,
Despreocupado com a memória
Perdido numa história
Fértil e sem um porquê.
Lógica para que?

Constato. Gradativamente
Eu me perco completamente
Em sintonia (in)definida:
- Definitivamente você! -

Definir para que?


Ah! Não há mal nenhum
Em despreocupar-me.
Sem ressalva ou um senão sequer:
- Senão você! -

Pré-ocupar para que?


Caio,
Despenco,
Mergulho
Em você

Do ponto mais alto
Do meu trampolim:


Medir para que?


Sem culpas!
Não te culpo
Nem me ocupo
Com o que não vejo.


Deixa ser assim.
Sem mal-me-quer.

Não quero médico!
Não quero moldes,
Não quero métrica,
Não quero rigor,
Não quero raíz real!

Não quero saber o que eu não quero.
Escapo!



Eu ando na linha tênue,
Eu danço na corda bamba.


Misturo tudo num sentido só:
À frente, com meu sentido desmedido,
Com meu destino destemido!

Com meu tato,
E com vontade.
Muita vontade...:
- Com verdade! -

Plano para que?


Eu vou!
Eu vou sem fim,

Com meu único fim
Infindável.







Alfredo Goes
03.05.09 - 21h17

3 comentários:

Mara disse...

Leitura gostosa..
adoro o jogo das palavras =)

Anônimo disse...

carne de pescoço

Salvadores daqui disse...

Apesar dos pesares - tu sabes o que :D hauhauahaua - ótimo texto, ser transbordante. [E qual não é? Aqueles incapazes de pensar assim, desse jeitinho, justinho assim.]

=**

[Jéssica Mendes]