No meu corpo há um cálice (in)visível
Que transborda incessante
E incontrolavelmente a todo instante:
Inexplicavelmente insaturável!
Fácil é me embriagar em silêncio,
Despreocupado com a memória
Perdido numa história
Fértil e sem um porquê.
Lógica para que?
Constato. Gradativamente
Eu me perco completamente
Em sintonia (in)definida:
- Definitivamente você! -
Definir para que?
Ah! Não há mal nenhum
Em despreocupar-me.
Sem ressalva ou um senão sequer:
- Senão você! -
Pré-ocupar para que?
Caio,
Despenco,
Mergulho
Em você
Do ponto mais alto
Do meu trampolim:
Medir para que?
Sem culpas!
Não te culpo
Nem me ocupo
Com o que não vejo.
Deixa ser assim.
Sem mal-me-quer.
Não quero médico!
Não quero moldes,
Não quero métrica,
Não quero rigor,
Não quero raíz real!
Não quero saber o que eu não quero.
Escapo!
Eu ando na linha tênue,
Eu danço na corda bamba.
Misturo tudo num sentido só:
À frente, com meu sentido desmedido,
Com meu destino destemido!
Com meu tato,
E com vontade.
Muita vontade...:
- Com verdade! -
Plano para que?
Eu vou!
Eu vou sem fim,
Com meu único fim
Infindável.
Alfredo Goes
03.05.09 - 21h17
3 comentários:
Leitura gostosa..
adoro o jogo das palavras =)
carne de pescoço
Apesar dos pesares - tu sabes o que :D hauhauahaua - ótimo texto, ser transbordante. [E qual não é? Aqueles incapazes de pensar assim, desse jeitinho, justinho assim.]
=**
[Jéssica Mendes]
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